"Quero trazer à memória o que me pode dar esperança" (Lamentações 3:21)
A alegria risca o céu, na forma de papel e bambu, quando o menino viaja no vento, como se a pipa fosse a extensão de seu corpo, fazendo mergulhos rasantes na fantasia de liberdade.
Talvez seja terapêutico, deixar os pensamentos ruins aqui embaixo e olhar para o azul do céu. A pipa é um artefício de baixo custo, que inspira o poeta, pois ao vê-la no ar, idealiza que todos são iguais na Terra, quando por meio de uma linha fina de algodão, a simplicidade do menino pobre alcança as nuvens lá do alto.
Muitos meninos lamentaram, por volta do ano 680 a.C., o sofrimento que arrasava a casa de seus pais, quando a invasão do Reino da Babilônia trazia ameaças de destruição, violência nas ruas e outros problemas, desde o Norte de Israel até Judá. Uma crise se espalhou por todas as cidades, por causa das escolhas erradas do povo ingrato que se esqueceu das orientações prévias e advertências dadas pelo Pai do Céu. Andar na rua era perigoso.
Quem dera, eles pudessem resolver todos os problemas com papel, bambu e carretel?! A esperança estava no Alto, não em prazeres imediatos, mas sim no Deus real e verdadeiro, porém, a cegueira espiritual dos homens, os arrastava para adoração aos falsos deuses, a fim de afugentar a tristeza nas ilusões do mundo. A vida estava "por um fio".
Seria então por meio da dor, a única maneira de perceberem que esse mundo não se sustenta por si mesmo, pois a humanidade injusta e cruel necessita da Palavra e Providência de Deus, para proteção de todos e sustentação de tudo na Terra.
Em meio ao caos, a Esperança veio do Alto, quando Deus mostrou ao Profeta Jeremias, sua misericórdia e o caminho para a restauração. Jeremias então, vindicou aos homens que se arrepessem de seus erros, que considerassem tudo aquilo que deu certo no passado, que mudassem a falsa religiosidade para uma nova postura de obediência a Deus, a fim de trazer de volta a esperança em seus corações.
No passado e no presente, há um céu azulado e artifícios humanos, nos quais, uma criança ou gente grande pode a seu jeito, usar para esquecer os problemas e imaginar que está tudo bem, quando na verdade não está. Há quem confie na própria força e quem prefira os falsos deuses, mas a esperança genuína floresce no coração, quando se crê que o Céu desceu até nós na pessoa de Jesus Cristo, para estabelecer em nosso favor, uma Nova Aliança com o Pai do Céu.
"Quero trazer à memória o que me pode dar esperança".
Jesus Cristo é a nossa esperança!
Rev. Ailton de Oliveira