“E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem" (Lucas 24: 15 e 16).
O dia de domingo nunca mais foi o mesmo, depois daquela notícia: Ele está vivo! Seria isso, fake news? Jamais! As irmãs que viram os anjos, são fontes confiáveis! Perplexos, se questionavam Cléopas e seu companheiro de caminhada, pois o único fato conclusivo à frente de seus olhos, naquele momento, eram os dez quilômetros de estrada até Emaús.
Lembraram do Cristo traído, machucado, sangrando, falecendo na cruz. A esperança do povo de Deus estava sepultada em seus corações.Teriam eles interpretado errado, a profecia de Isaías capítulo 7:14, sobre o Messias prometido? Sem Cristo, onde estaria a justiça?! Para que serviram os milagres que ele realizou, se Ele morreu?! Onde estavam aqueles que gritaram: "hosanas…", se não, escondidos na multidão de ingratos, ou quem sabe, roucos de gritar: crucifica-o!
A história se repete, quando a fúria popular de muitos é fomentada pelo engano promovido por alguns, crucificando os inocentes e libertando quem não merece confiança. A verdade morre? A corrupção humana será recompensada neste mundo? Quando tudo está perdido, existe um caminho?
Enquanto se lamentavam, uma terceira pessoa aproximando-se, passou a caminhar junto deles. Um homem que não mostrava o rosto, lhes perguntou o que estava acontecendo, como se não soubesse. Então Cleopas lhe respondeu: És tu o único peregrino em Jerusalém que não soube das coisas que nela têm sucedido nestes dias?
Na verdade, o homem desconhecido sabia de tudo e passou a contar histórias de Moisés e dos Profetas, com a sabedoria de quem passeia no passado, presente e futuro. Na verdade, o homem desconhecido era o próprio Jesus ressuscitado, que de imediato eles não reconheceram.
Usando palavras revigorantes, o Senhor os advertiu: "Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?" (Lucas 24: 25-26).
O Senhor lhes acendeu a esperança, explicando que o Messias tinha mesmo que padecer pelos pecados de muitos, conforme foi predito pelo Profeta Isaías (Cap. 53:12): “...porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”.
No fim da caminhada, o Senhor poderia partir em outra direção, mas assentou-se à mesa com eles e repartir o pão. Então, de repente, seus olhos espirituais se abriram e finalmente creram que Jesus estava vivo! "E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?" (Lucas 24: 32).
Quando tudo, aparentemente estava perdido, eles não encontraram o caminho, mas sim: o Caminho os encontrou e os fez compreender a Palavra Profética, que avisava sobre a morte, mas apontava para a ressurreição, pois Jesus ressuscitou!
Quando "tudo" estiver perdido, seja qual for a dor, muitos buscam alento nas canções, nas frases poéticas, procurando fôlego para afugentar a tristeza. Mas nada se compara à ação restauradora da fé, que aponta o exemplo de Cristo, o qual, nos ajuda a suportar dos problemas mais graves da vida.
Quando "tudo" estiver perdido, a Palavra de Deus reavivará a nossa esperança, por meio de Cristo, pois Ele suportou os sofrimentos mais severos e venceu o inimigo mais cruel, que é a morte.
Quando tudo está perdido, sempre existe um Caminho, pois Jesus é "o Caminho, a Verdade e a Vida…" (João 14: 6).
Rev. Ailton de Oliveira