"Porque, assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Soberano, o Senhor, fará nascer a justiça e o louvor diante de todas as nações." (Isaías 61:11)
Conheci um simpático senhor chamado Benjamim, que possuía em seu quintal um belíssimo pé de acerola, engenho de suas habilidosas mãos. Visitá-lo era divertido, nosso anfitrião gostava de mostrar para os amigos os galhos carregados dessa frutinha.
No final da conversa agradável, do café com biscoitos, depois de ouvirmos com riqueza de detalhes suas histórias sobre filhos, parentes e “coisa e tal”, voltávamos para casa agraciados com uma sacola de acerolas. Isso é uma maravilha para a saúde! Dizia ele.
Com o jardim ia tudo bem, já o jardineiro, lutava contra uma doença crônica grave. Certo dia, Benjamim teve uma recaída forte e ficou hospitalizado por várias semanas, até o dia em que aprouve a Deus chamá-lo ao Céu, deixando para todos que o amavam, as antigas fotografias de momentos felizes e muita saudade.
Depois de doze meses, o pé de acerola também se foi, deixando no jardim apenas uma raiz seca, pois a terra sentiu falta da ferramenta em excelência: a mão do jardineiro.
Há sete séculos e meio, antes de Cristo, quando o Império babilônico furtava os sonhos dos israelitas, um profeta de Israel chamado Isaías anunciou a vinda do Libertador, a esperança futura, provocando no povo a expectativa de um reino terreno esplêndido, algo igual ou melhor do que os tempos dos reis Uzias, Salomão e Davi. Entretanto, o propósito de Deus era mais abrangente do que se podia imaginar, até mesmo para o profeta, pois tratava-se do senhorio perpétuo de Jesus na Terra e no Céu. Ao dialogar com o seu tempo, o livro de Isaías declara para a contemporaneidade de todas as épocas, o fato imutável: que a mão de Deus em nossas vidas é imprescindível para assegurar a felicidade.
Sem o cuidado do Criador, nada se desenvolve, nada prospera, pois Ele é o Grande Jardineiro do Cosmos e nós somos seu precioso jardim.
A mão de Deus faz brilhar o sol, nem tão perto para não sermos queimados, nem longe demais da Terra para não sermos congelados, mas na distância ideal, proporcionando a vida do ecossistema.
A mão de Deus faz cair a chuva, para lavar o ar, renovar o rios, regar as fontes de alimentos, para que a vida se perpetue, se multiplique.
A mão de Deus direciona os ventos do litoral e das montanhas. A tudo governa com harmonia, todos os dias “e até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados...” (Lucas 12:7).
Às vezes, a mão de Deus pesa para corrigir, às vezes acalenta o coração desanimado, mas sempre está presente, para desembaraçar nossas mazelas mal sucedidas e nos proteger dos espinhos. Ele nos ajuda a crescer no lugar certo, na direção certa.
Quem de nós poderia auto existir e respirar sem oxigênio? Do “pó da terra” fomos cultivados por seu poder e vontade. Por sua Palavra somos alimentados e purificados. Não há outro igual, só Deus pode cuidar de nós.
Deus é o Grande Jardineiro do Universo.
Escrito por:
Rev. Ailton de Oliveira