“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus 5:3)
De vila em vila, caminha o Cristo generoso de palavras reconfortantes. Pessoas vão aparecendo aos poucos, de perto, de longe e aos montes seguindo o rastro de milagres, até encontrarem Jesus. Pelas ruas da Galiléia até a Judéia e para além do Jordão, ouve-se frases do tipo: Vá chamar seu parente enfermo! Leve o seu filho que tem aquele problema! Alguém me ajude a chegar até o Mestre! A multidão agrupa-se em torno de Jesus, do qual emana feitos sobrenaturais. Com amor, Ele sara o cansado, restaura o fraco, levanta o prostrado e abençoa os humildes. Sob a luz divina, toda tristeza é convertida em refrigério, no instante em que Jesus concede aos humildes de coração, uma atenção especial na Terra e conforme a fé no Salvador, lhes garante um lugar no mundo vindouro.
Os humildes de coração, são também chamados em algumas traduções bíblicas como: pobres de espírito, e são valorizados nas Escrituras. Mas o homem positivista deprecia a simplicidade e se esmera no sucesso, no prestígio aparente, no anseio de independência e poder, e faz questão de ser notado pelos outros. Quem nunca desejou prosperidade humana? Quem não gosta de ouvir elogios? Há um consenso social que determina os padrões comportamentais do mundo globalizado, os quais menosprezam a imagem do pobre de espírito, ou seja, exclui as pessoas mais humildes. Entretanto, o Senhor do Universo reprova muitas convenções sociais e afirma que, mediante a intervenção divina instituída em Cristo, os humildes de coração podem se considerar mais felizes.
No Sermão do Monte, Jesus se compadece de quem reconhece ser dependente dos outros e de Deus, para existir e se sustentar. Os humildes não reivindicam méritos, mas demonstram gratidão, quando recebem ajuda.
No livro de Provérbios 27:2, diz assim: “Seja outro o que te louve, e não a tua boca; Seja um estrangeiro, e não os teus lábios”. Assim se comporta uma pessoa verdadeiramente humilde de coração. Não ilustra seus discursos, usando a si próprio como exemplo positivo, para ser apreciado pela multidão. E por ser humilde, não se julga humilde suficientemente, e se alegra em prestigiar as virtudes dos outros, porque se compraz no bem comum.
Com espírito quebrantado, o pecador se arrepende, se rende aos pés do Senhor Jesus e obedece às seguintes orientações: “ Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” (Lucas 9:23). Desta maneira, os pobres de espírito são bem-aventurados, ou seja, são mais felizes, porque deixam de confiar na própria sabedoria, se rendem e obedecem a Voz de Deus.
Os pobres de espírito são bem-aventurados, porque consideram a fé em Deus, mais clarividente do que as evidências que seus próprios olhos são capazes de discernir.
Os pobres de espírito são bem-aventurados, porque deles é o reino dos céus.
Escrito por:
Rev. Ailton de Oliveira