“Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço” (Atos 6:3)

A igreja cristã dos tempos apostólicos crescia diariamente. Quanto mais a comunidade de fé se expandia, mais se exigia tempo e disponibilidade dos líderes, no trabalho de assistência às viúvas e irmãos necessitados.

O exercício da misericórdia, já fazia parte da cultura hebraica, desde os tempos de Moisés, e esse ministério foi incluído no plano de ação da Igreja primitiva, que recebia pessoas de origens culturais diversas. Mas naqueles dias, apenas os irmãos de sague hebreu, estavam recebendo ajuda. Por isso, os gentios, chamados também de helenistas, começaram a reivindicar o amparo da igreja, na mesma intensidade.

A liderança, então, se deu conta que precisavam de Diáconos, pois como poderiam planejar as missões e também se dedicarem no ensino doutrinário dos crentes e ainda resolverem tarefas de cunho assistencial?

Diante de uma sociedade desigual e carente, a igreja reconhece o valor dessa palavra de origem grega, usada para referir-se àquele que serve, que atende ou ministra. Diacono é também um título histórico, atribuído aos cristãos de categoria excelente, gente igual a gente, que gosta de gente.

A Bíblia nos descreve, que os primeiros irmãos escolhidos para o Diaconato foram: Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau. Pessoas honradas, cheias do Espírito e de sabedoria. Percebemos então, que mais de dois mil anos se passaram e muitos nomes continuam aparecendo, a fim de cumprir essa missão. Pessoas humildes são escolhidas e divinamente capacitadas para servirem como instrumentos do amor de Deus no trabalho de ação social, no amparo aos necessitados, na assistência material às viúvas, na visitação aos enfermos, nos projetos sociais junto à comunidade local, no planejamento e apoio logístico às atividades da igreja, na ordem do culto e em outras circunstâncias eventuais que o Senhor determina.

É possível alguém pensar que a ordenação de um Diácono seja apenas uma solenidade, para premiar um colaborador, mas na verdade, é um chamado para lutar c­ontra os principados e potestades, nas regiões celestiais. Portanto, engajar no ofício da Diaconia requer vida de oração e meditação bíblica.

Quando a liderança da igreja impõe as mãos sobre a cabeça desse obreiro em sua ordenação, inicia-se ali uma nova jornada vivenciada na Terra, mas elaborada no Céu. De joelhos o Diácono se prostra no altar do Senhor e à vista da comunidade de fé e responde: sim, ao seu chamado. Revestido pela unção que vem do Alto, levanta-se o oficial da igreja pronto para o trabalho, na autoridade que lhe é conferida, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Deus abençoe os Diáconos!

Escrito por:
Rev. ­Ailton de Oliveira