A palavra “pai” conserva o mito do protetor, cuja força se mostra no zelo doméstico. Por trás do semblante sisudo, existe o sorriso do herói generoso, porém, as preocupações do dia a dia costumam furtar sua alegria. Os anos pesam, as rugas vão aparecendo, mas ele continua brilhante. E no final de cada batalha diária, o campeão retorna ao seu lar.

Na família, o pai tem seu lugar à mesa, na poltrona e em nossos corações. Ele pensa e tem opinião. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, diz o ditado. Em contrapartida inventaram o “espera aí”, o “já vai”, o “tô indo” e as distrações do aparelho celular, que fazem o pai esperar, pacientemente. Só que não! Pois assim está escrito: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” (Efésios 6:1).

Esse guardião destemido não está isento de aflições, pois a bíblia conta sobre um pai chamado Jairo, que percebendo a grave enfermidade da filha, sentiu medo de perdê-la e até chorou. O pai deixou tudo de lado e se lançou rompendo a multidão, enfrentando o obstáculo do tempo, da incerteza, e quando outras pessoas lhe disseram que não havia mais jeito, ele continuou buscando com fé, até finalmente chegar aos pés de jesus.

“E lhe pediu com insistência: - Minha filhinha está morrendo; venha impor as mãos sobre ela, para que seja salva e viva.” (Marcos 5:22-24). Sabe-se então do feliz desfecho dessa história em que Jesus curou a menina, mas vale destacar a participação do pai, que foi instrumento nas mãos de Deus, na realização dos propósitos divinos.

O imensurável instinto paterno rompe todas as barreiras nas horas mais sombrias de um filho ou de uma filha. Nos momentos de tristeza, o pai se apresenta ao lado, para sofrer junto e buscar respostas a todo custo. Em um gesto de ternura, muitos pais tomam para si as consequências deixadas pelos filhos, a fim de poupar o sofrimento da família.

A figura do Pai é uma ilustração humana da adoção divina. Pai é um ente que desperta admiração, confiança e afeto. Se ele fosse perfeito, não seria meu pai, porque a matriz impecável é só o Pai do Céu. Mas posso chamá-lo de: presente dado por Deus, meu melhor amigo, meu velho, meu grande mestre, meu herói.

Com amor,

A semente que você plantou.

Escrito por:
Rev. ­Ailton de Oliveira