“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9)
A desejada paz nas regiões governadas pelo Império Romano era temerária. O controle de César sobre o povo, dependia, além dos recursos militares empenhados, também da conciliação cultural e da harmonia entre judeus, gregos e romanos, vivendo no mesmo território.
A título de salvaguardar a paz e a verdade, homens hipócritas que se declaravam servos do Deus da Paz, tentavam silenciar Jesus, o Pacificador em excelência. A título de preservar a paz e a ordem pública, o governo local a mando de César, exigia da população a obediência plena e até idolatria dedicada ao imperador.
Entre as preocupações de César, estava: reprimir as revoltas populares contra o Império. Sendo assim, o governador local deveria pacificar o povo, eliminando quaisquer indícios de confusão nas ruas, castigando, aprisionando e se necessário, executar pessoas “em praça pública”, para servir de exemplo aos olhos de todos. Se um problema grave fosse percebido na administração do governador local, o responsável poderia ser punido severamente por sua incompetência.
Os pacificadores romanos, não eram diferentes dos mestres da religião judaica, que caluniam e apedrejavam seus opositores, sem misericórdia. Essa era “a paz que o munda dá” como produto do medo, fabricada por meio da violência.
Em seu Sermão do Monte, Cristo classifica como pacificadores, aqueles que são reconhecidos pelo temor a Deus. Pessoas que retratam em forma de gestos e palavras, a bondade, a misericórdia, a mansidão, o senso de justiça condizente com o caráter divino.
Portanto, uma vez que a paz genuína emana de Deus Pai, o ato de levar a paz aos outros, de conciliar interesses adversos, de resolver conflitos, de restaurar as relações humanas, denota reflexos do Criador no individuo que se propõe a ajudar outra pessoa, sem interesses particulares. Tal sentimento e disposição estão presentes nos cristãos, regenerados pela ação do Espírito Santo, transformados pelo Evangelho da Paz, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9)
Escrito por:
Rev. Ailton de Oliveira