“...Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos 10:14)

Recebemos as crianças na igreja com alegria, porque é na Casa de Deus, onde elas aprendem as Palavras de Vida e Salvação. Mas muita gente nem imagina o trabalho que dá atrair a atenção dos pequeninos para o que é ensinado. Com paciência e bom humor, a professora na classe infantil pede silêncio, depois de novo e de novo, porque criança se dispersa e fala sem parar o que passa em sua mente inquieta. “Ô tia, aqui ele ó…”, é a frase que se repete entre muitas outras. Mas afinal, quem nunca foi criança?!

Na tradição de Israel, os pais apresentavam os filhos ao sacerdote, para serem por ele abençoados. Vendo então o povo, que Jesus realizava diversos milagres, muitos o seguiam e ainda traziam crianças para apresentá-las ao Mestre. Contudo, acreditando que os pequeninos pudessem atrapalhar a pregação de Jesus, os discípulos tentavam afastá-los. Mas quando Jesus viu a confusão que estava acontecendo, indignou-se e lhes disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos 10:14).

Jesus demonstrou grande interesse pelas crianças: “Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” (Marcos 10:16). O texto citado nos ensina que: a igreja deve dialogar não apenas com as mentes maduras, mas também com as crianças, conduzindo-as ao nosso Salvador e Senhor, pois a igreja do amanhã existirá porque é semeada no tempo presente aos pequeninos alcançados pela Graça, na linguagem infantil clara à luz das Escrituras.

Há quem pense que a criança não seja capaz de crer e desenvolver-se na fé. Tal pensamento é um equívoco, pois o Mestre assim nos alerta: “quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele” (Marcos 10:15). Humildade, integridade, confiança e verdade são aspectos inerentes à infância, mas aos poucos essas qualidades vão se diluindo ao longo do amadurecimento do homem comum que não tem Deus no coração.

Portanto, Jesus nos orienta a resgatar em nosso viver, as virtudes da criança, porque a humildade, a integridade, a confiança e a verdade são características que retratam o caráter de Cristo e são qualidade presentes nas pessoas que proclamam o Reino de Deus na Terra.

Que venham os pequeninos!

Rev. Ailton de Oliveira