“Assim cobriu de ouro toda a casa, inteiramente; também cobriu de ouro todo o altar que estava diante do oráculo. [...] se acabou esta casa com todas as suas coisas, e com tudo o que lhe convinha; e a edificou em sete anos” (1 Reis 6:22 e 38)
Por trás de feitos apreciáveis, há pessoas admiráveis. Entre os vários exemplos que conheci estão: um professor palestrante que, para contratá-lo, é preciso agendar com 1 ano de antecedência; uma senhora lavadeira de roupas, cuja qualidade do serviço supera as empresas de lavanderia; um pedreiro tão bom que a clientela faz fila de espera; uma costureira que confecciona em casa, belíssimos vestidos de noiva e cobra muito mais barato que as lojas. Há um aspecto em comum nas pessoas brilhantes: a busca da excelência nos mínimos detalhes.
Observando o preciosismo do rei Salomão no livro de 1 Reis, capítulos 5 e 6, alguém poderia perguntar: Esse moço puxou o pai Davi, ou sua mãe Bete Seba? Para construir o templo, Salomão mandou que buscassem cedro e pinho no Líbano, gastando por ano: 2 mil toneladas de trigo e 400 mil litros de azeite puro, na alimentação das pessoas envolvidas no transporte do material. Enviou 30 mil israelitas para trabalharem no Líbano, recrutou 80 mil pessoas para cortar pedras em Israel e 70 mil para carregá-las e contratou 3.300 chefes de obra. Após 7 anos, ficaram prontas as magníficas instalações de 60 côvados de comprimento, 20 côvados de largura, e 30 côvados de altura.
O acabamento fino de uma obra é a etapa mais minuciosa. No caso de Salomão, foram utilizados os materiais de melhor qualidade e sofisticação de sua época (971 e 931 a.C.), revestidos de ouro nas diversas câmaras do palácio, com belíssimos ornamentos, cuidadosamente delineados, desde o chão até o teto. O primeiro Templo de Jerusalém foi uma obra excelente nos mínimos detalhes, concluída em 7 anos.
Não obstante, a lição que aqui devemos assimilar, não é a obra arquitetônica, mas sim a disciplina de quem realiza suas tarefas com tanta dedicação, a ponto de despertar a admiração e a confiança de seus observadores. A excelência mostra-se nas ações, independentemente do contexto. Trata-se portanto, de um tipo de gente que, quando pega algo para fazer, se esforça o máximo para entregar um resultado excelente nos mínimos detalhes.
Pessoas excelentes estão sempre interessadas em aprender mais, com humildade e paciência e não precisam dizer que são excelentes. Pessoas excelentes quando terminam de fazer algo, por vezes, decidem reformular o que já estava pronto ao perceberem que ainda dá tempo de melhorar. No mercado de serviços, a coisa mais valiosa dentro de uma empresa não é o que se vende, mas sim o profissional que sabe trabalhar bem, que se qualifica e que dá o seu melhor.
O Pai do Céu é perfeito em tudo que faz. Deus criou um ser magnífico e por meio da Graça Comum deu-lhe dons e talentos. Por isso, quando trabalhamos em algo para o Senhor, devemos nos esforçar para que o resultado seja excelente, porque Deus merece o nosso melhor. Da mesma maneira devemos proceder no emprego, na escola e em tudo que estiver em nossas mãos para fazer, pois desta forma, o ser criado engrandece o Criador.
Tenha um bom trabalho!
Rev. Ailton de Oliveira