“...E fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia” (2 Reis 4:5)

Após a morte do marido, o custo de vida ficou mais pesado para a Viúva Pobre, que não podendo pagar sua dívida a alguém que ela devia muito, estava prestes a negociar as coisas mais valiosas que uma mãe pode considerar. Seus dois filhos seriam entregues como escravos nas mãos do credor, caso um milagre não acontecesse. Desesperada, ela suplica ao Profeta Eliseu por socorro, pois seu falecido marido havia sido discípulo de profeta a serviço de Deus.

“Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas. Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia.” (2 Reis 4:2-3)

Dito e feito! A família se organizou e eles trabalharam em equipe. Os meninos traziam as vasilhas e a mãe as enchia de azeite. Quando já estavam todas cheias, a produção foi interrompida, porque não havia onde armazenar “e o azeite parou”. Ao saber do resultado daquela cooperação familiar, o Profeta dá à Viuva Pobre mais uma orientação: “Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto” (2 Reis 4:2-3). Naquele dia, a história da família mudou.

No Brasil, o custo de vida já é caro quando a despesa da casa é dividida entre duas ou três pessoas. No caso de viúvas pobres que criam filhos sozinhas, a situação fica ainda mais difícil. O mundo está cheio de pessoas endividadas, que se identificam com o drama da Viúva Pobre da Bíblia.

Deus agiu milagrosamente, mas também utilizou meios naturalmente humanos para ajudar a Viúva Pobre, a começar na mediação do Profeta, que transmitiu a receita do livramento. Portanto, quando você estiver angustiado, busque a orientação pastoral bíblica, confie em Deus e seja diligente em tudo que lhe for ensinado.

“Apenas uma botija de azeite” havia na casa. De forma semelhante, Deus produz a solução definitiva em nossas vidas, usando o trabalho que podemos realizar ou através do pouco que temos nas mãos. Assim como fez a Viúva Pobre, mesmo que você não entenda o que Deus está fazendo, obedeça, porque o plano de Deus é melhor.

Os meninos conseguiram muitas vasilhas emprestadas, porque os vizinhos os consideravam como amigos. Por isso, vale a pena cultivar o companheirismo em nossos círculos de relacionamento, porque Deus nos ajuda também, através dos amigos de forma conveniente.

Quem busca melhores rendimentos, precisa cercar-se de cooperadores leais, pois assim disse o Profeta: “fecha a porta sobre ti e teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas”. Planeje, calcule e tenha equilíbrio no uso de seus recursos. A frase: “Põe à parte a que estiver cheia” corresponde a definir metas, porque se você não sabe onde quer chegar, pode se perder no meio do caminho.

E quando você conseguir o que precisa, seja sustentável e previdente. O Profeta conclui a conversa dizendo: “Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto”. Há por aí, pessoas imprudentes fazendo o contrário: gastando grande parte do salário com prazeres imediatos e tentando pagar as dívidas com o que resta. Essa falta de disciplina financeira costuma gerar dívidas, colapso econômico e conflitos familiares.

Ao meditarmos no texto do azeite da Viúva Pobre, podemos corrigir o curso de nossas vidas, com gratidão a Deus pelas preciosas orientações extraídas da Bíblia. Na Palavra de Deus está o mapa do sucesso, tanto para pessoas em extrema carência de oportunidades, como para empreendedores em busca de soluções comerciais.

Enquanto Deus for a fonte do teu sustento, não faltará “azeite na sua botija”, pois o Senhor ajuda àqueles que cultivam a fé, o companheirismo em favor do próximo e o equilíbrio no uso de seus recursos.

Rev. Ailton de Oliveira